Após intervenção do BC, dólar fecha abaixo dos R$ 3,70

Após passar a semana toda acima dos R$ 3,70 o dólar fechou abaixo deste patamar graças a uma forte intervenção do Banco Central. Depois de 6 altas consecutivas o BC decidiu aumentar a oferta da moeda americana no mercado.

Nesta segunda feira, dia 21 de maio o dólar recuou 1,4%, fechando em R$ 3,68 para a venda e R$ 3,84 no turismo. No mês de maio a moeda americana já acumulava 5,31% de valorização, sendo que o total do ano de 2018 é de 11,32%.

Hoje o dólar segue a uma faixa de US$ 3,68

Juntamente com a queda do dólar após a intervenção do BC, a segunda também ficou marcada com a queda do mercado de ações, onde a Ibovespa chegou a seus 81.815 pontos, um recuo de 1,52%. Segundo corretores, o BC estava sem se manifestar sobre a alta constante do dólar, mas foi fundamental para os resultados desta semana.

A intervenção do BC para conter a alta do dólar

Na última sexta feira (18 de maio) o Banco Central reforçou a sua atuação no mercado de câmbio, onde a oferta de swaps cambiais novos chegou a ser triplicada. O swap é uma atitude equivalente à venda de dólar no mercado futuro, aumentando a quantidade de dólar no mercado, o que faz com que a moeda fique “menos” valorizada no câmbio.

Apesar da intervenção, o BC informou que esta atitude não tem qualquer influência sobre a política monetária e que as taxas de juros estão sempre sendo analisadas e podem mudar a qualquer momento, independente do valor do dólar ou não.

Com as ofertas em suspenso, o mercado acabou se acalmando, mas ainda é um pouco cedo para definir se o efeito será a longo ou curto prazo.

Todos os dias o Banco Central ofertava 5 mil contratos de leilões swap tradicional. Mas com a nova oferta, o BC irá passar o valor em US$ de 250 milhões em contratos para US$ 750 milhões. Além desta primeira investida, o BC está com uma expectativa de até o dia 31 de maio passar dos US$ 3 bilhões previstos para US$ 6,5 bilhões.

Além destes o Banco Central também citou que poderá realizar novos leilões extras caso haja uma mudança significativa no cenário econômico. Porém estas ofertas poderão ser analisadas e revistas, inclusive pode haver uma diminuição no que foi proposto.

O que são os Swaps?

O termo swap é usado para definir a oferta de contrato de dólares, mas sem a entrega da moeda. É considerado um contrato de alto risco, onde no vencimento aquele que investiu no leilão deverá pagar uma taxa de juros sobre o valor do swap, onde o Banco Central paga a variação do dólar no período.

O swap serve como uma proteção contra variações no câmbio, principalmente em altas “incomuns” como a do dólar na última semana. A compra de swap faz com que os agentes não precisem comprar moeda no mercado à vista.

A alta da moeda americana

Um dos principais motivos da alta do dólar nas últimas semanas é por conta dos investidores que estão apostando na alta da taxa de juros nos EUA, uma manobra do governo americano para conter a inflação. Uma taxa maior acaba atraindo investidores que contam com fundos aplicados em outros mercados financeiros como o Brasil. A aplicação de recursos nos Estados Unidos acaba aumentando o valor do dólar com relação as outras moedas, pela grande entrada de valores.

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