Eleições provocam a desvalorização do Real novamente

As Eleições para Presidência da República no Brasil esse ano, impactaram negativamente o mercado financeiro. Após as primeiras pesquisas eleitorais para o cargo, o dólar fechou em alta frente ao Real.

O dólar comercial fechou pela terceira semana seguida, uma alta de 4,85% (cerca de R$ 4,104). Esse resultado se assemelhou às eleições de novembro de 2016, quando Donald Trump se elegeu ao poder, gerando um impacto no mercado financeiro.

Incerteza no mercado financeiro

Essa desvalorização do Real, não havia acontecido desde as eleições do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2002, que permaneceu no poder até 2010, última vez que o dólar havia se desvalorizado diante do Real.

O cenário pessimista para investimentos, pressionou a taxa de juros da Selic (6,5%), devido à incerteza das eleições, fazendo subir os impostos antes do esperado, que estava previsto para 2019, em 8%.

Para especialistas do mercado financeiro, o dólar deve se manter por volta de quatro reais em média, até que passe o período eleitoral.

Ação que trará desafios para o novo presidente, como afirma Clemente Ganz Lúcio, diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos.

Impacto na vida dos brasileiros

Mas para o Professor Fernando Botelho, da Faculdade de Economia Administração e Contabilidade (FEA) da Universidade de São Paulo, a hostilidade no mercado financeiro não deve impactar a longo prazo, as taxas e impostos inerentes ao dólar e ao Real.

Ele acredita que o eleitor brasileiro não se baseará nas informações do aumento do valor da moeda norte-americana para decidir a respeito do seu voto.

Espera-se que o novo presidente da República, dê conta do recado, já que a situação financeira é delicada, frágil e sensível. Devido à Reforma da Previdência, o futuro ainda é incerto, e não se sabe como o novo Governante irá se posicionar e agir.

O economista Alexandre do Espírito Santo, pondera que todos os candidatos à Presidência falam em Reformas e de zerarem o déficit de contas em um, a dois anos.

Mas já é difícil realizar essa ação em quatro anos, então, como os presidenciáveis esperam que sejam extintas as contas públicas em um ou em dois anos, o que configurariam apenas boas intenções, mas sem certeza de conseguirem, concluiu o especialista.

O primeiro ano de mandato do novo presidente, será marcado pelo dever de não se endividar novamente com financiamentos, respeitando o teto dos gastos públicos.

Alexandre chamou a atenção ainda, para a Reforma Previdenciária que não terá respaldo em alguns Estados, como o Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, já que estão com graves situações financeiras, e não poderão cobrir suas dívidas com a arrecadação de impostos.

Para isso, seria necessário estipular a Reforma Tributária, que determinaria o teto para os impostos cobrados em todo o Brasil, com base em suas necessidades financeiras e econômicas.

A alta do dólar, impacta a vida dos brasileiros diretamente, fazendo subir os produtos do trigo, como as massas e pães em geral.

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