Canudinho: por que o objeto de plástico está em desuso?

Aparentemente indefeso, o canudo de plástico facilita a vida de muitas pessoas ao redor do mundo e é extremamente comum em festas, bares e restaurantes, por exemplo. Porém, o famoso canudinho é considerado uma grande ameaça ao meio ambiente. Com uma vida útil de apenas quatro minutos, o objeto demora cerca de 500 anos para se decompor na natureza e, em média, 90% do lixo que flutua na superfície dos oceanos é de plástico.

Segundo uma pesquisa realizada pelo governo, só nos Estados Unidos, mais de 500 milhões de canudos são utilizados diariamente e, caso o consumo de plástico siga no mesmo ritmo, de acordo com cientistas, até 2050 haverá mais plástico do que peixes nos oceanos. Feitos geralmente de polipropileno e poliestireno, os canudos não são biodegradáveis e tendem a continuar poluindo o planeta por muito tempo ou se desintegrando em pedaços menores até serem ingeridos por animais.

Em 2015, o vídeo de uma tartaruga com um canudo de plástico entalado em suas narinas viralizou na internet, aumentando a visibilidade do debate em torno do tema nos quatros cantos do mundo, chegando, inclusive, ao Brasil, mais especificamente no Rio de Janeiro, que foi a primeira cidade brasileira a banir o uso dos canudos plásticos. O projeto de lei foi sancionado no início de julho, pelo prefeito Marcelo Crivella, e os estabelecimentos que descumprirem a regra estão sujeitos a uma multa de R$ 3 mil, podendo chegar a R$ 6 mil em caso de reincidência.

Além da cidade, grandes empresas também demonstraram preocupação com a causa. A rede de cafeteria Starbucks anunciou recentemente que até 2020, todas suas lojas terão deixado de utilizar o objeto, evitando o uso de mais de um bilhão de canudos por ano. Além dela, o McDonald’s também demonstrou preocupação com o tema, banindo o uso do canudinho no Reino Unido e na Irlanda, por enquanto.

O objeto em questão é a porta de entrada para o início de uma discussão maior, envolvendo o consumo do plástico na rotina dos seres humanos e a expectativa dos ativistas é que, com o alerta para o uso do canudo, considerado “indefeso”, as pessoas se atentem também aos objetos maiores, como garrafas e sacolas, responsáveis por índices maiores de poluição.

Alternativas

Para fugir do uso de canudos plásticos, há diversas opções atualmente no merca: canudos feitos de papel, para bares e restaurantes, e inox, vidro e bambu, para as pessoas que optam por comprar seu próprio canudinho. As três últimas opções costumam vir com uma escovinha para limpeza e capinha para embalar, variando o preço entre R$ 10 e R$ 20, a unidade, dependendo do fabricante.

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