Executivo da Engevix dá seu depoimento na averiguação das denúncias sobre Temer

Ocorreu ontem (5) o depoimento de José Antunes Sobrinho, que é um dos executivos da Engevix. O assunto do depoimento foi a denúncia de que João Batista Lima Filho, que é amigo de Michel Temer e também ex-coronel da PM, teria recebido R$ 1.000.000,00 como propina. Na realidade, a Polícia Federal está analisando se essa quantia não era destinada a Temer, sendo Lima Filho um intermediário.

Lima Filho não é apenas ex-coronel, mas também empresário: é dele a Argeplan, que fez subcontratos com a Engevix por causa de uma terceira empresa, que é a Eletronuclear. É nessa transação que se vê a presença do MDB: o partido teria sido beneficiado com muitos desvios saídos dela.

Tanto José Antunes Filho quanto João Batista Lima Filho já fizeram tentativas de acertar uma delação premiada, mas não houve progresso e, por isso, a Procuradoria Geral da União não a definiu.

Outros problemas da Engevix

A empresa não é citada com exclusividade na denúncia do caso Temer: na verdade, a Engevix já é uma conhecida da Polícia Federal por conta da presença em outras investigações. Um exemplo é na chamada Operação Greenfield, na qual os seus sócios foram entregues pelo réu João Vaccari Neto.

De acordo com ele, os executivos dessa empresa e mais outras pessoas realizariam tráfico de influência, crimes contra a economia, gestão temerária e também lavagem de dinheiro. Nessa investigação, chegou-se a uma cifra de R$ 12.000.000.000,00 como total do prejuízo

Outro caso de escândalo de propina da Engevix é relacionado ao ex-ministro José Dirceu. A investigação da Polícia Federal declara que tanto a UTC quanto a Engevix teriam dado propina a Dirceu e que ela chegaria a quase dois milhões e meio de reais.

Temer também não é estreante nas denúncias

Se não é a primeira vez que a empresa Engevix faz parte das investigações, também não é a estreia do Presidente Michel Temer. Hás pouco tempo, por exemplo, apareceram denúncias contra ele por causa do seu encontro gravado com Joesley Batista, que é o dono da JBS.

Nesse encontro, Joesley dizia claramente a Temer que tinha subornado juízes por conta das possíveis investigações contra ele e contra a sua companhia, coisa a qual o Presidente não fez qualquer repreensão. Na realidade, a ideia que a gravação transmitia era de que Temer aprovava, coisa que o Presidente negou diversas vezes depois.

Ainda no caso de Joesley Batista, muitas autoridades questionaram o motivo pelo qual o Presidente não denunciou Joesley assim que saiu do seu encontro com ele. Afinal, era uma pessoa investigada que estava confessando a ele ter comprado juízes.

Já neste ano, as investigações estão sendo feitas por conta da relação de Michel Temer com as atividades portuárias de Santos. Investiga-se se o Decreto dos Portos (2017), que teve a edição do Presidente, não teria concedido vantagens inapropriadas. Efetivamente, existe a denúncia de que a Odebrecht teria fornecido propina a Temer e no montante de R$ 1.000.000,00

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