Obituário de uma americana menciona abandono de filhos cometido há anos

Um documento obituário fez com que muitos norte-americanos ficassem espantados: além de citar a razão da morte de uma idosa, chamada Kathlen Dehmlow, e falar brevemente dela, também citou que ela abandonou os seus filhos. Apesar de somente essa informação já ser suficiente para deixar as pessoas sem reação, já que não é comum em obituários, também existe frase chocante no final: “O mundo é um lugar melhor sem ela”.

Essa não era uma certidão de óbito, mas sim um obituário de jornal, especificamente do Redwood Falls Gazette, que circula por Minnesota. O que mais assustou alguns leitores é que o tom da nota não era o comum do jornalismo, ou seja, a neutralidade: a impressão era de que o jornalista que estava redigindo o obituário estava mesmo querendo colocar os acontecimentos nos chamados “pratos limpos”.

O que dizia o obituário?

De acordo com essa nota de falecimento, a idosa tinha 80 anos, tendo nascido em março de 1938. O casamento dela ocorreu no ano de 1957, com Dennis Dehmlow, casamento do qual nasceu um casal de crianças: Jay e Gina. É no ano de 1962 que o drama de Kathlen começa a assumir outro tom quando contado no obituário.

Primeiramente, é citado um adultério que teria acontecido com o seu cunhado, chamado Lyle Dehmlow. Foi então que ela teria abandonado os seus filhos, provavelmente para se juntar ao ex-cunhado. A criação das crianças ficou por conta dos pais de Kathlen, na cidade de Clements.

O último parágrafo do obituário diz que, uma vez que ela está morta, chegou a hora do seu julgamento. Além disso, também é dito que os seus filhos não sentirão saudades e, por fim, que o mundo se tornará um lugar melhor depois da sua partida.

Vale dizer que essa não é a imagem que Kathlen deixou para muitas das pessoas que conviveram com ela. Na verdade, muitas contestaram esse obituário, dizendo que ela era uma pessoa de muita amabilidade. Provavelmente, o ressentimento vinha de quem encomendou o obituário e não dos demais conhecidos.

Reprodução na internet

Não é somente por explicitar um assunto tão sério e de forma tão grosseira que o obituário de Kathlen tornou-se uma sensação dentre os norte-americanos, mas também porque o jornal o colocou nas suas redes sociais, como o Twitter. Com isso, as pessoas que não são habituadas a ler o jornal impresso com certeza ficaram sabendo desse obituário bizarro por causa das redes sociais.

Também há quem questione o posicionamento do jornalista que redigiu o obituário e da equipe que aceitou publicá-lo. É claro que a família pode mencionar o que desejar no obituário, que é um texto pessoal.

Entretanto, seria necessário que o jornalista ou os revisores do jornal levassem em conta o resto das pessoas que conheciam Kathlen e que se sentiriam ofendidas com esse tipo de nota de falecimento. Principalmente, ela não deveria ter sido posta na Internet, especialmente em redes como o Twitter.

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