Forças Amadas foram autorizadas por Michel Temer a retirar os grevistas das estradas federais

A greve dos caminhoneiros, que foi iniciada na segunda-feira, já ocasionou ao país uma série de problemas sociais e também econômicos. Apesar de a população demonstrar apoio a esses trabalhadores, uma vez que está descontente com a gestão atual e com as últimas, é inegável que existem transtornos diversos, como postos de gasolina sem combustível e até mesmo falta de medicamentos em farmácias e em hospitais pela falta de entrega.

O governo de Michel Temer realizou uma reunião com as pessoas que estão liderando essa greve na quinta-feira, mas sem que isso tenha aplacado os caminhoneiros. O que foi oferecido pelo Presidente é que os preços do diesel não sejam aumentados nas refinarias por 15 dias e, em troca, as estradas federais seriam liberadas.

Mesmo com a mídia anunciando que teria ocorrido acordo, tudo continua parado nas estradas e elas continuam sendo bloqueadas. Por causa disso, o Governo está lançando mão do decreto da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que é um respaldo em casos de caos como o de agora.

O que o GLO diz?

O principal ponto desse decreto é que as Forças Armadas têm autorização para desobstruir as rodovias federais, mesmo que seja necessário utilizar força. É claro que a recomendação é para que eles não machuquem os grevistas e nem outras pessoas envolvidas, mas o fato é que as rodovias federais terão de ser liberadas. Também existem outros pontos fundamentais nesse decreto da Garantia da Lei e da Ordem:

– Medidas de proteção no caso de a situação tornar-se crítica;

– Escolta para qualquer tipo de caminhão que estiver com alguma carga considerada indispensável para as pessoas (vale lembrar que há aeroporto que recebeu seu combustível por intermédio de escolta policial essa semana);

– Retirada de qualquer veículo que esteja bloqueando a rota;

– Garantia à população de acesso aos produtos que sejam fundamentais.

Forças Armadas entram em cena

Algumas ações das Forças Armadas já foram iniciadas ontem mesmo (25/05), com o intuito de que as rodovias pudessem ser liberadas. O general do Exército Brasileiro, Sérgio Etchegoyen, disse que a razão para que o Governo determinasse a ação militar foi o risco de falta de abastecimento em vários níveis. Apesar de já existir a escassez em diversos locais, o risco era que a falta de coisas ficasse ainda mais grave.

O Ministério da Defesa garante que a ação das Forças Armadas ocorrerá por pouco tempo, apenas com a função de fazer com que o abastecimento seja normalizado e o acesso às rodovias federais também. Cabe citar que qualquer governo, inclusive o municipal ou o estadual, pode pedir que o Exército ajude na liberação das suas vias públicas.

Além disso, o decreto de Michel Temer também cita a Força Nacional: enquanto ainda houver manifestações, essa instituição pode trabalhar conjuntamente com o Exército para que as rodovias fiquem liberadas.

Por que a greve dos caminhoneiros começou?

O diesel, que é o principal combustível para que esses caminhoneiros possam trabalhar, teria um aumento considerável nas refinarias: especificamente um imposto com o nome de CIDE. Isso fez com que esses profissionais ficassem muito insatisfeitos e, por causa disso, começassem a bloquear as rodovias.

As consequências, entretanto, foram muito grandes: desde hospitais que cancelaram as suas cirurgias porque não haveria material até pessoas abastecendo os seus veículos em países de fronteiras.

Dois questionamentos importantes que os brasileiros passaram a fazer eram sobre a capacidade do Governo de prever como seriam essas consequências caso o CIDE fosse aumentado e também a completa dependência brasileira das rodovias.

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