Lojas e bancos aderem à consulta de clientes com reconhecimento facial

Para abrir uma conta em banco, ou realizar uma compra em uma loja, os comerciantes e bancários estão aderindo a um novo processo para checagem de identidade dos clientes, por meio de reconhecimento facial.

Na hora em que vão realizar o pagamento, é pedido ao cliente para registrar a imagem do seu rosto, a fim de evitar fraudes com o perfil da pessoa, e consequentemente em compras indevidas em seu nome.

Como funciona o sistema

Os varejistas estão pagando cerca de 4,70 reais em um sistema de identificação dos rostos dos brasileiros, um item de segurança a mais na hora de efetuar as compras.

O sistema cruza as informações a partir dessas fotos, ou de selfies, com os bancos de dados faciais privados (segmento em ascensão no Brasil), e assim identifica se há alguma restrição para aquele rosto encontrado.

As empresas que realizam esse sistema de checagem são: a Acesso Digital, a CredDefense, a Certibio, Marisa, Ponto Frio, Casas Bahia, CBSS, Agiplan, Neon, Digio, Nuban, Certising e Unimed, já aderiram à tecnologia.

Entre essas, a que tem maior tempo no mercado de reconhecimentos faciais é a Acesso Digital, que antes trabalhava apenas com digitalização de documentos, agora abrangeu o ramo para armazenamento dos dados que os próprios clientes mandam.

O presidente-executivo da Acesso Digital, Diego Martins, ressalta que essa tecnologia atrelada ao uso do reconhecimento facial dos clientes, é possível por meio de uma cláusula inserida nas compras parceladas nos cartões de crédito.

Este, permite o compartilhamento das informações dos clientes, com terceiros, exclusivamente para a avaliação do histórico financeiro do consumidor, gerando um código biométrico junto ao CPF da pessoa.

Ainda segundo a Acesso Digital, para que surgisse o banco de dados da mesma, as primeiras redes de varejo, consultavam o nome dos clientes, e apenas incluíam uma restrição no cadastro deles, não havendo como comparar com dados biométricos.

Prática dos preços cobrados pela consulta facial

As empresas responsáveis por fazer as identificações, cobram por consulta realizada em nome do cliente, o que dá uma dimensão de acordo com Diego Martins, de 90% de consultas para a rede varejista;

90% de identificações de empresas de tecnologia, 30% de empresas do ramo de telecomunicação e 25% das consultas em bancos e instituições financeiras. Cada consulta pode valer entre um a três reais por rosto pesquisado.

O valor das consultas dependerá da integração entre os sistemas e da abrangência desses, mensurando o grau de dificuldade da pesquisa.

Já a Certibio, é afiliada da Certising, que é responsável por emitir 150 mil certificados digitais por mês. Esta cobra de 0,10 centavos a 4,70 reais por consultas, portanto, quem faz mais pesquisas paga menos.

A Certibio conta com 70 milhões de cadastros, usando o banco de dados da Serpro (Serviço de Processamento de Dados), para vincular a pessoa a um CPF, ou Imposto de Renda.

A pesquisa digital não compara diretamente um rosto e outro, mas pontos específicos como olhos, cicatrizes, nariz e face.

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