Tite vê Brasil abaixo do que pode no duelo contra a Arábia Saudita

A Seleção Brasileira fez o seu dever e venceu a modesta Arábia Saudita, do treinador argentino naturalizado espanhol Juan Antonio Pizzi, por 2 a 0, gols de Gabriel Jesus e Alex Sandro, mas a atuação foi muito abaixo do esperado. No histórico entre os países, são seis jogos com seis vitórias do Brasil, com 18 gols marcados e três sofridos. Na entrevista coletiva, o treinador Tite analisou a partida dos seus comandados no amistoso desta sexta-feira.

– Desde o início ela não teve o desempenho que imaginávamos, ela teve um desempenho técnico abaixo da equipe. Ela joga mais, produz mais, compete, tem um nível de concentração maior, mais esteve abaixo. O que teve de normal foi quando conseguiu neutralizar as jogadas de velocidade da Arábia, mas aquela equipe em que é normal criar, botar volume, por vezes fazer transições em velocidade, hoje ela não foi. E também prejudicado, porque quando você mexe com a estrutura básica da equipe e começa a colocar jogadores, eles não têm os links, as aproximações e as triangulações dos setores, mas serve para essas observações. Talvez mais no plano individual do que no plano coletivo, como foi o caso de hoje. Temos que valorizar o lado da consistência. Às vezes tu vence jogos sem ser brilhante, sem estar inspirado. Pela solidez. A equipe venceu pela solidez, mas venceu abaixo. Tem aquela expressão “vencer para convencer”. Na solidez ela convenceu, mas no geral esteve abaixo.

O próximo compromisso do Brasil será o amistoso/clássico diante da Argentina, na própria Arábia Saudita (em Jeddah), na próxima terça-feira, às 16h. Tite comentou sobre as opções do sistema ofensivo do Brasil e também disse sobre o duelo contra os hermanos.

– Estou oportunizando como mexer as peças para que consiga ter articulação e infiltração, armação e poder de conclusão, posse de bola e ser vertical. Essa é a ideia. Com Firmino, você traz um jogar para compor o meio-campo junto com os três médios. Ou se for linha de quatro, compor o terceiro, como ele joga com Mané e Salah. Com Gabriel Jesus, faz o jogador de infiltração. O que Mané faz no Liverpool, ele faz no CIty. Richarlison fez lado e faz centro. Depois que jogou na Seleção centralizado, no Everton jogou pelo meio. Um empresta para o outro essas variações.

– Brasil e Argentina não tem friendly game (jogo amigável) nunca.

Brasil sob o comando de Tite
29 jogos, com 23 vitórias, quatro empates e duas derrotas (para Argentina e Bélgica). São 64 gols marcados, com oito sofridos. O Brasil balançou as redes em 26 partidas (89,66%) e não foi vazado em 22 (75,86%).

 

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