Mano critica calendário e confirma Arrascaeta na Copa do Brasil; Raposa teve tabu findado contra o Vasco

Com os olhos e a atenção voltada para a decisão da Copa do Brasil, o Cruzeiro foi com o time reserva para o Rio de Janeiro enfrentar o Vasco pelo Campeonato Brasileiro e saiu derrotado de São Januário por 2 a 0, gols de Yago Pikachu e do argentino Maxi López. Para o treinador Mano Menezes, a partida do último domingo não deveria ter acontecido e fez críticas ao calendário do futebol nacional.

– Esses jogos, na verdade, como os de hoje, não eram para existir. É muito duro jogar numa situação como essa, repartir o grupo, trabalhar separado, porque é necessário. Não fizemos um mal jogo, não era jogo para perder. O Vasco foi ter oportunidades depois que abriu o marcador, depois que ficamos com 10 e tivemos que abrir. Mas penso que, pelas oportunidades que poderiam ter sido construídas no último passe, a gente poderia ter feito um ou dois gols. Tem de aproveitar as oportunidades porque você não vai ter muitas oportunidades com um time tão mexido assim, mas a gente deixou escapar, mas está dentro do pacote de trocar tanta gente, de estrear jogador, de usar jogadores sub-20 que jogaram ontem. Isso faz com que as coisa não funcionem como a gente gostaria. O Brasileiro nós vamos voltar a jogar depois que passar a quarta-feira. Se Deus quiser, todo esse sacrifício seja premiado com a conquista na quarta-feira.

Quarta-feira é referente ao segundo jogo da final da Copa do Brasil diante do Corinthians, em São Paulo. Na ida, a Raposa venceu por 1 a 0, gol de Thiago Neves. Para o duelo, Mano Menezes confirmou a presença do uruguaio Arrascaeta, que está com sua seleção, e disse que o jogador começa no banco de reservas, citando que nessas horas é preciso fazer um esforço a mais, já que a Celeste atua terça-feira no Japão, diante dos japoneses (no primeiro compromisso do Uruguai na Ásia, o meia foi suplente e não entrou em campo na derrota para a Coreia do Sul por 2 a 1).

– Ele vai ficar no banco, certamente. Se ele tiver inteiro, cansado, com uma perna só, ele vai ficar no banco. É o momento de sacrifício de todo mundo e de reforçar a confiança que temos nele. Os grandes jogadores, esses momentos, são feitos para ele. Eles são os protagonistas. Se puder vir antes, melhor, mas a gente está preparado para deixá-lo no banco para uma necessidade ou até para brindar tudo aquilo que ele ajudou a construir nessa Copa do Brasil.

– Espero (ele na quarta). Vai chegar, mas sabemos que um jogador fazer uma viagem de 24 horas, quase, para complicar ainda no Japão, escolheram bem para a gente, parece até sacanagem. Eu sempre respeito a situação que o jogador relata. Não tem como colocar um jogador se ele está dizendo que não tem condição. Você vai cobrar o que depois. Ele vai olhar para você e falar que avisou. E seria um desrespeito com os que estão aqui. Vamos tentar ser coerentes nesse mundo difícil de ser coerente que é o futebol.

Cruzeiro tem tabu findado no Rio de Janeiro
A derrota para o Vasco fez cair um tabu: a Raposa não era derrotada pelo rival atuando no Rio de Janeiro desde o dia 23 de novembro de 2013, quando caiu por 2 a 1, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro. Desde então, eram três jogos com três triunfo mineiro – 3 a 1, em São Januário, pelo Brasileiro de 2015; 3 a 0, em Volta Redonda, pelo Brasileiro de 2017; e 4 a 0, em São Januário, pela Libertadores deste ano.

Pelo Nacional atual, agora já são dez partidas sem vitória como visitante. A equipe é a décima na tabela de classificação com 37 pontos.

 

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