Governo do Estado de São Paulo, não tem atendido as demandas das reformas em escolas públicas

No Estado de São Paulo, escolas públicas não têm recebido as reformas prometidas. Cerca de seis em cada dez escolas estaduais, precisam urgentemente de obras de manutenção e melhorias.

Mas, o governo paulista não tem conseguido atender nem metade da demanda requerida. O orçamento destinado a reformas das escolas, caiu em 75%, desde o ano de 2014.

Dados e fatos

São cerca de 3.058 pedidos de manutenção e melhorias, dos 5.300 prédios que recebem 3,8 milhões de alunos. As reclamações foram encaminhadas ao Ministério Público de Contas, junto ao Tribunal de Contas do Estado.

Questionados pela reportagem, a prefeitura informou que estão sendo feitas 1.300 obras, cerca de 42% do total requerido.

Em 2011, o então gestor da prefeitura da época era Geraldo Alckmin, que também é candidato à Presidência da República. O vice dele na época era Márcio França, assumiu o governo na época e disputa a reeleição no Palácio dos Bandeirantes.

A verba destinada a obras escolares, estão diminuindo ano após ano. No ano passado, estava previsto 627 milhões de reais destinado as obras, mas foram usados 65% apenas.

Cerca de 1,73 bilhão de reais foram investidos em reformas, no ano de 2014, em valores atualizados pela inflação. O orçamento desse ano é de 427 milhões de reais, menor que o investido em 2017. Até setembro desse ano, foram gastos 213 milhões de reais (50%).

A secretaria do Estado de São Paulo, informou que o número de obras executadas cresceu, em comparação com 2014, mas não foram informadas os tipos, e o tamanho das obras.

Situações precárias

Uma das escolas que estão esperando por reformas, é a Eusébio de Paula Marcondes, na região de Interlagos, zona sul de São Paulo. A sala de reuniões de professores não estava sendo usada, pois o teto está escorado com madeiras.

A sala de aula que fica acima dessa, também não está sendo usada, por questões de segurança. Nos corredores e no teto da secretaria, há diversas ferragens expostas. A cesta da quadra de basquete, foi arrancada e os bebedouros não funcionam.

Os professores e demais funcionários da escola, relatam que a situação precária, já perdura por três anos, e influencia diretamente no rendimento dos alunos, e no trabalho de quem leciona.

O Índice de Desenvolvimento da Educação de São Paulo – Idesp do ano de 2017, ficou abaixo da média, em comparação com as outras escolas     de ensino fundamental e médio da região.

Sobre o caso da escola Eusébio de Paula Marcondes, a secretaria paulista informou que já foram disponibilizadas as verbas destinadas aos reparos e demais melhorias pertinentes, e que as obras podem começar a qualquer momento.

Mais 399 escolas foram listadas para obras contra incêndio, e dependem da obtenção do Auto de Vistoria dos Bombeiros.

A secretaria informou ainda que cerca de 28% das escolas que estavam em situações mais graves, já foram reparadas. Outras obras já estão em andamento, ou terão início imediato.

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