Missão ao sol! Nasa lança foguete que chegará próximo a estrela

No próximo dia 11 de agosto de 2018 um novo passo na exploração espacial será iniciado. Neste próximo sábado a Nasa irá iniciar uma missão espacial cujo o objetivo principal é chegar o mais próximo possível do Sol, a uma distância jamais alcançada antes.

A missão da agência espacial americana (Nasa) será a bordo da nave Parker Solar Probe, que irá encarar uma temperatura de mais de mil graus Celsius, onde diversas informações importantes serão colhidas assim que a nave toca a camada externa da estrela mãe de nosso sistema, o sol.

Do que é feita a nave espacial que irá tocar o sol?

A Parker Solar Probe é uma nave espacial que foi projetada para aguentar condições extremas de radiação e calor, através de uma blindagem que vem sendo estudada a anos por pesquisadores da agência espacial americana. A nave irá chegar a uma distância 7 vezes mais próxima do Sol do que outra nave jamais alcançou.

Ela foi projetada com um escudo especial que possui 11,43 centímetros de espessura, com um material que é capaz de suportar temperaturas de mais de 1,3 mil graus Celsius. Porém estudos afirmam que a superfície da estrela, pode chegar a 5,5 mil ºC. Assim a nave será direcionada a um limite máximo, para que não derreta e a missão seja destruída antes mesmo de alcançar o seu objetivo principal.

O tamanho da nave será de um carro popular, onde boa parte de sua composição é voltada para que aguente altas temperaturas.

A nave Parker Solar Probe terá o seu lançamento realizado na Estação da Força Aérea de Cabo Canaveral, nos Estados Unidos a partir das 4h48 (horário de Brasília), em uma janela de lançamento do sábado, dia 11 de agosto, que deverá ser encerrada até a outra semana, no domingo dia 19 de agosto de 2018.

Principais analises da Parker Solar Probe

O principal objetivo da nave espacial é coletar informações sobre os ventos solares, onde os cientistas pretendem descobrir o porque da camada externa do Sol é muito mais quente do que a superfície da estrela. O que se sabe até agora sobre ventos solares é que eles são um fluxo de partículas que estão a todo momento sendo expedidos do Sol. Elas são compostas basicamente por prótons e elétrons, onde a sua velocidade é incrivelmente grande.

Segundo estudos feitos até o momento a energia produzida nestes ventos solares, acabam superando toda a energia da estrela, definindo que a massa seja menor do que a coroa solar, local exato onde são expelidas as partículas.

Esta regra é basicamente a mesma da nossa força gravitacional, porém no Sol as partículas possuem tanta força que conseguem serem jogadas para a área da coroa, onde este fenômeno é conhecido como ventos solares e eles são espalhados por todo o restante do nosso sistema.

O estudo visa aprender como os ventos solares afetam os planetas do Sistema Solar, onde cada um possui alguma característica única, todos influenciados pela penetração das partículas expelidas pelo Sol. Na Terra, por exemplo, apesar de toda a proteção que a camada de ozônio e atmosfera nos oferece, as partículas ainda sim penetram em nosso planeta, onde podemos percebe-los através das auroras boreais, que acabam entrando através dos polos.

A nave e missão ganharam o nome de Parker Solar Probe, em uma homenagem a Eugene Newman Parker, um astrofísico americano que descobriu uma solução matemática capaz de comprovar a existência dos ventos solares, o principal objetivo de estudo desta missão.

Na página da Nasa no Facebook ou em seu canal do YouTube será possível ver o lançamento ao vivo desta missão:

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