Frequência de mulheres que estão dando à luz com mais de 50 anos cresce 37%

Mulheres estão tendo filhos tardiamente, segundo pesquisas realizadas de especialistas em reprodução assistida, e fertilidade humana. É o caso da analista de Call Center, Vera Lúcia, que se casou aos 42 anos, mas foi ter filhos onze anos depois.

Ela e o marido, Jefferson Gomes, fizeram um tratamento numa clínica de reprodução assistida, e engravidaram de um casal de gêmeos na primeira tentativa.

Vera não pensava em adotar uma criança, queria engravidar e passar pela experiência de ser uma gestante. O médico obstetra que cuidou dela, a alertou sobre os riscos inerentes a uma gravidez tardia, como o diabetes gestacional, pré-eclâmpsia ou parto prematuro dos bebês.

Mas, a sua gravidez gemelar correu perfeitamente bem, com idas frequentes ao médico, acompanhadas de exames de rotina e ultrassonografias.

Os bebês nasceram com trinta e seis semanas, e tiveram que permanecer na UTI, após o nascimento por vinte dias, para ganharem mais peso antes de receberem alta.

Ela disse não ter sentido os sintomas normais da idade, no cuidado com os filhos, pois brinca, dá banho, leva para a escola, os alimenta, tudo normalmente, com o pique total.

Mulheres e a maternidade tardia

O Ministério da Saúde, ressaltou que entre os anos de 2007 e 2016, cresceu o número de mulheres que se tornaram mães depois dos 50 anos, um aumento de 37% (cerca de 358 partos, quase um por dia).

As mulheres estão cuidando melhor da saúde, e vivendo por mais tempo, garantindo a plena fertilidade feminina. Basta que elas assinem um termo de consentimento, reconhecendo que o processo trará riscos inerentes à uma gestação.

 

 

Riscos da gestação tardia

Uma gravidez natural após os 50 anos, é improvável e rara, por isso a fertilização e na reprodução assistida tem sido a solução para as que sonham em serem mães, mas estão acima dos cinquenta anos.

A qualidade do óvulo após a idade fértil normal da mulher, cai drasticamente, devido a ocorrência da menopausa. Uma das opções seria congelar os óvulos, em idade mais jovem, ou recorrer a um banco de doadoras de óvulos.

O útero não envelhece como os óvulos, então se ele estiver saudável, as chances de engravidar dessa forma, crescem rapidamente, cerca de 60%. Os riscos de diabetes e pré-eclâmpsia na gestação tardia, aumenta gradativamente, requerendo a maiores cuidados nos nove meses.

Hoje, diversas famílias são compostas por filhos mais velhos, com suas mães dando à luz novamente, o que não acarreta em conflitos familiares contínuos, pelo contrário, está sendo um elo importante que liga as gerações familiares.

A chance de que as mulheres engravidem de gêmeos ou trigêmeos aumenta, pois, na fertilização e na reprodução assistida, são usados mais de um óvulo, e um deles pode ser fecundado duas vezes, e o outro pode ser fecundado também.

Mas, todas essas informações devem ser discutidas previamente com um médico de confiança, em clínicas confiáveis, que irão deixar os futuros pais cientes dos riscos na gestação tardia.

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