SUS disponibiliza adesivo de tratamento gratuito para Alzheimer

Uma excelente notícia à aqueles que dependem da rede pública de saúde para realizar tratamentos contra uma das doenças degenerativas mais alarmantes dos últimos tempos, o Alzheimer. O Sistema Único de Saúde (SUS) conta agora com uma nova forma de tratamento através do remédio rivastigmina, que já estava disponível para pacientes em forma de solução oral e em comprimidos, mas que agora será também distribuído na forma de adesivo transdêmico (aquele que é absorvido pela pele).

A finalidade do medicamento rivastigmina é aumentar uma substância conhecida como acetilcolina, que no cérebro dos portadores de Alzheimer é consideravelmente menor. Porém os atuais medicamentos distribuídos no SUS, por via oral e através de comprimidos, por sua rápida absorção, acabam trazendo diversos sintomas e efeitos colaterais aos pacientes, como náuseas, problemas gastrointestinais, dores de cabeça, diarreia, entre outros.

Com a distribuição dos adesivos pelo SUS, os pacientes poderão ter uma melhora na qualidade de vida, pois o fato do medicamento ser absorvido pela pele ao longo do dia, em um processo mais lento, acaba diminuindo muito os efeitos colaterais.

Quem poderá utilizar os adesivos para tratamento de Alzheimer?

Todo paciente em tratamento de Alzheimer e que já utilize o medicamento rivastigmina, poderá fazer o uso dos adesivos distribuídos pelo SUS. Ele deverá ser removido após 24 horas de uso, mas pode ser utilizado durante o banho.

É recomendado que seja feito o rodízio do local de aplicação do remédio, isso porque alguns pacientes podem ter reações no local de aplicação, pela sensibilidade da pele. Não são todos os que podem sofrer alguma reação alérgica, mas a indicação do rodízio é feita para todos.

Caso os adesivos venham a faltar, a utilização de rivastigmina oral e/ou comprimidos pode ser feita sem qualquer problema. Só é necessário respeitar a dose indicada pelo médico que faz o acompanhamento.

O que dizem os especialistas sobre a novidade?

Alguns especialistas como Rodrigo Schultz, atual presidente da Associação Brasileira de Alzheimer (ABA), o adesivo é ótimo, pois além de diminuir os efeitos colaterais provenientes da ingestão oral, ele também garante que não haja a “flutuação da dose”. Ele explica que pelo fato da liberação na pele ser regular durante as 24h, não é possível que a ingestão seja feita de forma errada, tão pouco a absorção através da metabolização pelo organismo.

Como o Alzheimer atinge normalmente pacientes de mais idade, muitos acabam recusando fazer o seu uso via oral, ou até mesmo “fingem” que engolem e depois acabam retirando o medicamento. Mas com a chegada do adesivo, a administração do medicamento nestes pacientes se torna mais fácil, além de diminuir os efeitos colaterais.

Como conseguir o remédio pelo SUS?

O remédio está disponível em todas as unidades de saúde que são responsáveis por distribuir este tipo de medicamento. Normalmente ele estará disponível na própria unidade em que os pacientes fazem a retirada dos comprimidos e soluções oral.

Porém para fazer a retirada do medicamento, o Ministério da Saúde exige que os pacientes atendam aos critérios mínimos de elegibilidade dos Protocolos Clínicos e as Diretrizes Terapêuticas. É também necessário apresentar os documentos oficiais do paciente durante a retirada na unidade de saúde.

Entre estes documentos são:

  • Cópia do documento de identidade.
  • Cópia do Cartão Nacional de Saúde.
  • Laudo devidamente preenchido de Solicitação, Avaliação e Autorização de Medicamentos do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (LME).
  • Todos os documentos exigidos pelos Protocolos Clínicos
  • A prescrição médica devidamente preenchida
  • E uma cópia do comprovante de residência com menos de 60 dias.

Em caso de dúvidas o agente da unidade de saúde irá informar melhor quais as atitudes a serem tomadas para obtenção do remédio.

O Alzheimer

A doença neurodegenerativa conhecida como Alzheimer, tem como principal causa a morte progressiva das células do cérebro, prejudicando principalmente as funções de atenção, memória, orientação e também a de linguagem. A morte destas células acaba trazendo diversos prejuízos para a vida do paciente e infelizmente esta enfermidade ainda não possui cura, apenas tratamento.

No Brasil a estimativa é de que mais de um milhão de pessoas sejam portadores de Alzheimer.

O SUS além destas variações do medicamento rivastigmina, também é responsável pela distribuição de outras opções para o tratamento de Alzheimer, como a Galantamina, Memantina e a Donepezila. A versão adesiva para aqueles que fazem o uso de rivastigmina, tem por finalidade facilitar o uso a abranger uma parcela maior de pacientes, melhorando a qualidade de vida dos mesmos.

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