Quem é o general cotado para ser vice de Bolsonaro?

Esta semana foi revelado um suposto nome para o cargo de vice-presidente de Jair Bolsonaro, que concorre na eleição de 2018 ao cargo máximo do país. O vice em questão é um general da reserva militar chamado Augusto Heleno Ribeiro Pereira, que é filiado ao PRP.

O general recentemente mencionou que não almeja qualquer pleito, porém se diz pronto para cumprir a missão caso seja escolhido. O nome do vice de Bolsonaro ainda não foi revelado, mas o candidato cita que nesta ou na outra semana pode estar anunciando o seu companheiro de chapa em um dos seus eventos pré campanha nacional.

Bolsonaro relata que talvez seu vice seja um general, colocando Augusto Heleno em maior evidência, pois em suas entrevistas ele fala que deseja um cara com responsabilidade do seu lado, criticando aqueles que só compõe a vice presidência para ganhar mais tempo na televisão e não fazer nada, apenas continuar “metendo a mão” e afundando cada vez mais o Brasil.

Em entrevista o presidente do PSL paulista, o deputado federal Major Olímpio, relatou que o pastor e senador Magno Malta do PR, não aceitou o convite do presidenciável para compor a chapa junto com ele.

O que diz o general?

Segundo o general Heleno, ele se diz conhecer pouco de política e não é uma pessoa que se envolve muito neste assunto, porém caso seja realmente o nome escolhido por Bolsonaro para compor a chapa, ele não entraria na disputa como um candidato, mas sim como um apoiador da candidatura. Ele relata que toda semana está se encontrando com Bolsonaro para reuniões, mas ainda não está definido nada, portanto ele não comparece aos eventos de pré candidatura, para não comprometer a campanha.

Um pouco sobre a história do general Augusto Heleno

Atualmente Heleno está na reserva, porém ele é considerado por muitos militares como uma das maiores lideranças do Exército Brasileiro nos últimos anos. Em 2004 ele ficou muito conhecido após assumir o cargo de Comandante das Forças de Paz da ONU no Haiti. Ele e sua tropa lutaram contra as gangues de criminosos e também contra ex-militares que se uniram aos rebeldes no Haiti, pelo período de um ano e meio.

Outra atitude que deixou Heleno em maior evidência foi quando o WikiLeaks vazou informações sobre o general ter negado e resistido à pressão diplomática dos Estados Unidos, que queria influenciar a condução da missão de paz e de como as operações na base militar deveriam ser realizadas.

Após algum período depois de voltar ao Brasil, passou a fazer parte do Alto Comando do Exército e no ano de 2008 chegou ao posto de Comandante Militar da Amazônia. Na ocasião ele também se opôs ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sobre uma suposta demarcação de área da reserva indígena conhecida como Raposa Serra do Sol. Sobre este caso, ele acreditava que a demarcação poderia colocar em risco a fronteira do Brasil na região.

Apesar de nunca desejar cargos políticos, algo que em 2010 diversos setores da ativa e da reserva das Forças Armadas cogitaram inclusive lança-lo a presidência, algo que não teve continuidade, as conversas de Bolsonaro foram intensificadas nos últimos meses, o que levou o militar a pensar no caso.

Resta a população aguardar mais alguns dias para saber sobre a decisão final de ambos.

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