Pai de bebê enterrada viva diz querer ficar com a filha

O famoso caso da bebê indígena que foi enterrada viva no Mato Grosso está tomando o seu desfecho final. O pai da menina se manifestou sobre o caso e relata que pretende ficar com a filha, após a conclusão das investigações. Segundo ele, que já não se relacionava mais com a mãe da menina, disse que não sabia da gravidez em seu depoimento à Polícia Civil.

A recém nascida foi enterrada viva pela família em Canarana, um distrito que fica a 838 quilômetros da capital Cuiabá. O bebê após ficar seis horas enterrado, foi encontrada por policiais e seguiu para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal da Santa Casa de Misericórdia na cidade de Cuiabá, Mato Grosso. A menina foi internada no último dia 06 de junho e teve alta nesta segunda-feira, dia 09 de julho.

Mesmo de alta qual o próximo passo?

Mesmo a bebê estando de alta, o seu destino ainda é incerto, pois o hospital está aguardando um posicionamento da Promotoria de Justiça, para que a criança seja encaminhada para um responsável legal.

Neste caso, o delegado que está responsável pela investigação, Deuel Paixão Santana, ainda não deu carta branca para o pai da menina e qualquer outro ente familiar. Segundo ele, o pai é um indígena da etnia Trumai, que foi localizado pela Fundação Nacional do Índio (Funai), durante a investigação. O mesmo foi encaminhado para à delegacia para prestar depoimento.

No depoimento o pai relatou que não sabia de nada, tão pouco da gravidez. Ele disse que só soube do caso por conta da repercussão na mídia. Em outra parte do depoimento ele declarou que tem interesse em criar a menina.

Quem é o pai?

O nome do pai não foi divulgado pelo delegado, o que se sabe é que ele é maior de idade e mora em uma aldeia no distrito de Gaúcha do Norte, uma região localizada a 595 quilômetros da capital do Mato Grosso, Cuiabá.

Em seu depoimento ele disse que teve um relacionamento rápido com a mãe da bebê, uma adolescente de 15 anos. Porém logo após do relacionamento ele acabou se casando com outra indígena. Ele relatou que atualmente não tem filhos.

Quem enterrou a criança?

A investigação apurou que as mentoras por enterrar a recém nascida viva, foram as próprias avó e bisavó. A avó, chamada de Tapoalu Kamayura, com 33 anos e a bisavó Kutsamin Kamayura de 57 anos, foram presas no caso, após dias de depoimentos.

Em um destes depoimentos, a bisavó, Kutsamin relatou à polícia que acreditava que a menina estava morta, por isso realizou o enterro. Porém toda a investigação apontou que elas não aceitavam o bebê pelo fato do pai ser de outra etnia e a mãe estar solteira na ocasião.

E o que pode ser um “costume” de outras tribos, à qual elas pertencem o enterro não está ligado a nenhum costume, portanto a Justiça determinou que ambas fossem presas e utilizem tornozeleira eletrônica. O futuro ainda não é certo da bebê, porém o pai tem grandes chances de ter o direito de cria-la.

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