Lotação hospitalar fazem médicos criarem a central reguladora de leitos

A Central de Regulação de Campinas (SP), foi criada a fim de que 100% dos leitos fossem reservados a situações de emergência e urgência. A estratégia garante que vagas sejam devidamente reservadas na cidade e na região.

Médicos fazem a triagem para as unidades de saúde, de acordo com a classificação de risco, tanto clínicos como psiquiátricos.

Na cidade de Campinas, todos os leitos são regulados e passada toda a relação de pacientes que são internados pelo sistema.

Como funciona a triagem

O sistema é disponibilizado pela Secretaria de Saúde do Estado, que dá acesso ao Cross (Central de regulação de Ofertas de Serviços de Saúde), e descreve o histórico do paciente, qual a gravidade da situação, emitindo um alerta de emergências, a fim de colocá-lo como prioridade.

Os pacientes que já se encontram acamados, também são monitorados em seu estado de saúde, surgindo o alerta de quando o leito fica disponível em caso de alta ou óbito destes.

A médica reguladora Zilda Barbosa, informou que a demanda de pacientes é maior que a quantidade de leitos, por isso quando as vagas acabam, os que estavam nas filas precisam aguardar sem previsão para serem atendidos.

As vagas dos leitos, por sua vez não são dos hospitais, e sim da central reguladora, não podendo, porém, os médicos fazerem o preenchimento destas sem o aval da central.

A estrutura da central

A estrutura da central, compreende 10 médicos reguladores de leitos de internação, no horário das 7 às 22 h, atendendo cerca de 150 pacientes por dia, de um total de 300.

O restante, entra na fila novamente e aguarda o outro dia, ou seja, passam a noite no Pronto-Socorro. O sistema é responsável por regulamentar e ordenar as cirurgias, procedimentos urgentes, gestantes, crianças, casos psiquiátricos, problemas de coração entre outras prioridades.

Os pacientes são levados aos hospitais pelo SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), pela rede Cross, por meios próprios ou pela própria prefeitura da cidade.

Em épocas do ano mais frias, aumenta-se a demanda de pacientes com problemas pulmonares, principalmente em crianças e idosos.

A maternidade de Campinas, por exemplo, que é referência na região, estava com as 40 vagas da UTI    neonatal ocupadas, com 24 vagas pelo SUS, e o restante por internação particular.

Os exames e procedimentos de baixa e alta complexidade, bem como consultas, também são marcadas por meio do sistema, tendo cinco médicos e um enfermeiro responsável pela marcação.

Os mais solicitados e efetuados são: cardiologia, oncologia, tomografia, ressonâncias, densitometrias ósseas, terapia renal substitutiva, cintilografia e radioterapias, ao todo cerca de cinco mil exames.

Por fim o sistema de saúde de São Paulo, aguarda e faz petições junto à Secretaria de Saúde, ao governo do Estado e demais autoridades, para que as demandas municipais e estaduais dos pacientes, sejam atendidas com mais rapidez e menos complexidades.

As Unidades Básicas de Saúde também são imprescindíveis para realizar pequenos procedimentos a fim de diminuir as filas hospitalares.

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