Estresse no trabalho aumenta risco de morte em homens cardiopatas

Um estudo mostrou que existe uma maior incidência de morte prematura em homens do que nas mulheres.  O estresse no trabalho pode levar a morte precoce em homens com problemas cardiopatas.

Segundo os pesquisadores

Nesse estudo os pesquisadores puderam constatar que, ter um trabalho sobre o qual se exerce pouco controle pode aumentar o risco de mortes, prematuras por homens com doenças coronarianas, com histórico de derrames ou de diabetes, um exemplo dessa profissão é a de um trabalhador na Bolsa de Valores de Nova York, por exemplo, que não possui controle sobre as oscilações da Bolsa.

O alerta vem também de um grande estudo que além de observar, também acompanhou mais de 100 mil homens e mulheres, todos eles com problemas de saúde em países como Finlândia, França, Suécia e Reino Unido, por quase 14 anos e publicados terça-feira no ´´The Lancet Diabetes & Endocrinology`, que é um periódico científico.

As mulheres nesse estudo

Nesse estudo as mulheres que participaram e as que tinham ou não as doenças chamadas de cardiometabólicas, não houve qualquer tipo de estresse relativo ao trabalho ou sendo relacionada à morte prematura, para com elas.

A recomendação dos médicos

Os médicos recomendam para os homens, onde o risco foi maior, para os cardiopatas e com o trabalho exigindo muito esforço e pouca recompensa. A recomendação é que se adotem estratégias de administração de estresse e especialmente para eles, que são os mais afetados nesse quesito.

O trabalho e o nosso corpo

O trabalho é considerado uma fonte muito comum e generalizada na idade adulta. Com respostas naturais e programadas em nosso corpo por gerações. No Reino Unido, o professor e pesquisador da University College London (UCL) Mika Kivimaki, foi um dos autores desse estudo e ele acrescenta que isso ainda pode resultar em reações físicas e uma ligação entre a dificuldade no trabalho e o risco de morte prematura em homens com doenças cardiometabólicas.

A pesquisa em números

Essa pesquisa se iniciou em 1985, é a maior desse tipo já feita e ainda inclui sete dos chamados estudos de coorte, que foram realizados pela Finlândia, França, Suécia e Reino Unido. Participaram desse estudo cerca de 102.633 entre homens e mulheres, sendo que 3.441 possuíam doenças cardiometabólicas, num total de 1.975 homens e 1.466 mulheres, que responderam a um questionário sobre estilo de vida e saúde nesse levantamento.

Todos os seus prontuários médicos foram acompanhados em uma média de 13,9 anos, período esse que morreram cerca de 3.841 participantes.

Chegando as conclusões

Todas as conclusões dessa pesquisa foram estabelecidas em dois tipos de estresse que são ligados ao trabalho, que é o da pressão e altas demandas de trabalho e pouco controle sobre elas e desequilíbrios no esforço-recompensa, no qual o sujeito trabalha muito e recebe pouca recompensa de volta.

Contudo, fatores como tabagismo, estilo de vida, sedentarismo, foram levados em consideração e foi verificado que entre os homens com doenças cardiometabólicas e que enfrentavam estresse no trabalho tinham 68% maior chance de morrer, em relação aos que tinham trabalhos mais tranquilos.

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