Cientistas criam “pílula” capaz de identificar câncer de mama

Um estudo publicado pela revista Molecular Pharmaceutics nesta semana relata que cientistas desenvolveram uma “pílula de rastreio de doenças” não invasiva, capaz de iluminar tumores cancerígenos em camundongos, quando expostos à luz infravermelha – e sem uso de raio X.

Segundo o INCA – Instituto Nacional de Câncer -, o câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo, depois do de pele não melanoma, respondendo por cerca de 28% dos casos a cada ano. Embora também acometa homens, é mais raro, representando apenas 1% do total de casos da doença.

O pesquisador Greg M. Thurber e seus colegas combinaram dois tipos de moléculas em uma única pílula: uma molécula alvo que se liga a proteínas na superfície das células do câncer de mama, além de um corante que tinha grupos de sulfato carregados negativamente ligados a ele. Grupos de sulfato aumentam a solubilidade de corantes fluorescentes próximos ao infravermelho, aumentando a probabilidade de detecção do tumor.

Testes em roedores mostraram que, com essa formulação, uma proporção considerável do agente de imagem foi absorvida na corrente sanguínea e também se liga especificamente às células cancerígenas com pouco ruído de fundo.

Embora mais estudos ainda sejam necessários, os pesquisadores dizem que a pílula pode levar a uma maneira precisa, segura e não invasiva de detectar o câncer de mama, além das chances de serem modificadas no futuro para detectar outras doenças.

Deixe um comentário