Após cancelar encontro com Kim Jong-Un, Trump volta atrás

Após publicar uma carta onde os Estados Unidos dizia ter cancelado o encontro com o chefe do estado maior da Coreia do Norte Kim, Jong-Un, o presidente americano, Donald Trump, nesta sexta feira (25 de maio) considerou realizar o encontro com o líder coreano após avaliar a boa reação do país, mediante o cancelamento.

Trump voltou a dizer que o encontro poderá ocorrer “normalmente” na data do dia 12 de junho de 2018. A capital coreana Pyongyang emitiu uma nota onde lamentava a decisão do chefe de estado, mas que está ainda aberta ao diálogo.

Trump publicou em seu Twitter oficial, que a Casa Branca está avaliando os próximos passos deste encontro e que estão em contato com eles. Ainda afirmou que o encontro pode até acontecer no dia 12 de junho, como estava previsto antes do cancelamento. A reunião pode trazer benefícios para todos.

Outra publicação no Twitter passava a seguinte mensagem:

“Very good news to receive the warm and productive statement from North Korea. We will soon see where it will lead, hopefully to long and enduring prosperity and peace. Only time (and talent) will tell!”

Trump cita que a reação coreana foi produtiva, e ficou contente em receber a declaração calorosa. Ainda ele fala que em breve será possível ver onde tais atitudes os levarão e que a esperança é que haja paz e prosperidade por um longo período. Mas afirmou que só o tempo (e o talento) dirá!.

Sobre o encontro

A previsão é de que o encontro entre os líderes fosse acontecer no dia 12 de junho, em um local seguro de Singapura. Mas ontem (24 de maio) o presidente Trump acabou cancelando a cúpula, com uma carta oficial, onde citava que a Coreia do Norte estava demonstrando uma grande hostilidade e uma enorme raiva em suas últimas publicações. Isso porque afirmaram que os Estados Unidos e a Coreia do Sul estavam planejando uma invasão ao país, por conta de algumas atividades militares próximas a divisa entre as Coreias.

A carta de Trump foi publicada no mesmo dia que a Coreia do Norte declarou ter desmontado completamente o seu centro de testes nucleares, chamado de Punggye-ri. Mais tarde no mesmo dia, Trump disse que a cúpula poderia ocorrer mais tarde, mas só quando a ameaça coreana de armas nucleares fosse completamente removida.

Trump disse que vai manter uma grande pressão sobre Pyongyang e deixou claro que a defesa dos Estados Unidos irá agir caso Kim Jong-un acabe cometendo alguma atitude errada.

Na manhã desta sexta feira (25 de maio) a China se manifestou e pediu que Estados Unidos e à Coreia do Norte tenham paciência e boa vontade para resolver a situação. A China é um dos mais fortes aliados do regime norte-coreano e recentemente teve algumas “desavenças” comerciais com os americanos.

Após a declaração chinesa, Pyongyang disse que está pronta para conversar de qualquer forma com os EUA e a qualquer momento.

Mudanças de atitudes por Kim Jong-un

Assim que Donald Trump chegou a presidência americana, a Coreia do Norte deu início a diversos testes nucleares e mísseis balísticos que chegaram a sobrevoar o Japão e a Coreia do Sul. Tudo isso foi visto como uma grande provocação aos Estados Unidos, que chegou a considerar uma guerra no país.

Porém a partir de janeiro de 2018, o líder coreano decidiu mudar a sua estratégia, afinal o seu país vem sofrendo uma grande pressão internacional e o bloqueio de diversos recursos, dificultando ainda mais a vida por lá. Ele decidiu que era hora de dialogar com a Coreia do Sul, onde inclusive foi enviada uma delegação aos Jogos Olímpicos de Inverno que ocorreram em fevereiro na Coreia do Sul (PyeongChang).

A partir dai, os discursos de “paz” entre as Coreias só melhoraram e no dia 27 de abril um fato histórico aconteceu. O líder norte coreano decidiu se encontrar com o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, para assinar um acordo de paz, substituindo o armistício de 1953.

Mas na semana do dia 14 de maio, a Coreia do Norte acabou suspendendo as conversações consideradas de alto nível com a vizinha do sul, isto porque foram identificadas atividades militares em conjunto com os EUA, onde a suspeita inicial foi de que os militares estariam em treinamento para uma invasão de território. O fato foi considerado por Pyongyang como uma provocação.

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