Reforma da Previdência: a dura batalha entre pesos pesados da política

O desafio dos legisladores brasileiros de fazer a Reforma da Previdência para colocar as finanças públicas de volta aos trilhos é enorme, mas um deles está batendo de frente, disse o ministro da Economia, Paulo Guedes, na sexta-feira.

A Reforma da Previdência e as dificuldades de Paulo Guedes

Apresentando uma imagem de unidade com algumas das principais figuras do Congresso, cujo apoio ele precisa para ajudar a construir o consenso político necessário para garantir a aprovação da Reforma da Previdência, Guedes disse que o compromisso com isso em todo o espectro é sólido.

Separadamente, Guedes também disse que o governo pretende levantar 80 bilhões de reais (US $ 20,7 bilhões) das privatizações este ano e receber outros 120 bilhões de reais em transferências do BNDES.

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Guedes cortou uma figura divisiva na proposta de reforma econômica do governo, que visa economizar mais de 1 trilhão de reais durante a próxima década, e se envolveu em uma audiência acrimoniosa no comitê do Congresso com parlamentares da oposição nesta semana.

Mas, ao lado do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e do chefe do Congresso, Joice Hasselmann, ele insistiu que tem o total apoio do presidente Jair Bolsonaro e de outros líderes políticos.

A queda de braço política

“Minha experiência com a classe política foi a melhor possível, super construtiva”, disse Guedes em um evento em Campos do Jordão, no estado de São Paulo.

Alcolumbre disse que é vital que o presidente lidera a pressão pela Reforma da Previdência, mas disse que precisa ouvir as preocupações dos líderes partidários. Bolsonaro se reuniu com cinco líderes do partido nesta semana e terá mais reuniões na próxima semana, disse Joice.

Cada vez mais as críticas políticas públicas à Reforma da Previdência provocaram uma queda acentuada nos mercados brasileiros no final de março, mas eles se acomodaram esta semana em sinais de que os líderes políticos estão tentando se unir.

Chegar aos legisladores, negociar e procurar consenso sugere que Bolsonaro está sendo forçado a recorrer aos métodos políticos tradicionais que condenou durante a campanha eleitoral.

Na sexta-feira, Guedes reiterou sua opinião de que a reforma previdenciária será aprovada pela câmara dos deputados antes do final de junho, enquanto Maia disse que o atraso de algumas semanas será irrelevante, porque o impacto econômico será sentido no próximo ano.

Uma divisão entre Bolsonaro e Guedes em relação às contas de aposentadoria privadas parece ter surgido, no entanto, depois que o presidente disse aos jornalistas que ele poderia abandonar o plano se ele enfrentasse oposição no Congresso, reportou o jornal Folha de S. Paulo.

Guedes tem sido um defensor vigoroso da ideia.

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