Saiba quem são as Empresas interessadas em ser parte do Leilão do Pré-Sal

O pré-sal terá um novo leilão na primeira metade de junho: será a quarta vez que as suas áreas serão concedidas a empresas privadas para que sejam feitas as extrações de gás e também de óleo.

Mesmo com diferentes escândalos relacionados a esse segmento, houve uma quantidade bastante grande de empresas que querem fazer essas explorações: na verdade, foram 16 as corporações que manifestaram interesse, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP). Apesar de estarem inscritas, isso não significa que participarão do leilão: primeiro, a Comissão Especial de Licitação (CEL) terá de avaliar essas empresas.

Como funcionará esse leilão do pré-sal

O Governo vai utilizar a chamada partilha de produção, ou seja, as empresas aceitas para estar na concorrência da licitação vão apresentar propostas: a escolhida vai ser a que pedir menos porcentual, mas conceder maior quantidade de gás natural e de petróleo. Isso significa que será escolhida para a exploração a empresa que precisar de menos recursos, mas que ofertar mais produto. Isso está de acordo com a utilidade que o pré-sal tem: essa é uma das maneiras de os cofres públicos ficarem mais cheios.

A grande quantidade de companhias que querem participar das licitações mostra que, mesmo com os escândalos, o setor de petróleo brasileiro ainda é rentável. Isso fica ilustrado pela escalada de empresas inscritas: na segunda rodada dos leilões, foram 10 e, na terceira, foram 15.

As rodadas possuem o chamado bônus e o Governo o institui no edital e a maior parte dele corresponde a R$ 2.600.000.000,00, sendo destinado a Uirapuru. Já a somatória inteira desses valores passa dos R$ 3.000.000.000,00 e deve-se reforçar que a prioridade nas licitações é da Petrobrás por conta de uma questão legislativa.

As áreas nas quais se poderá fazer extração são Uirapuru, Itambezinho, Três Marias e Dois Irmãos e a Petrobrás declarou que quer atuar em todas, menos em Itambezinho. Isso pode fazer com que a empresa pague R$ 945.000.000,00. Com relação ao percentual mínimo que o Governo estabelece, o maior deles ficou para Uirapuru, sendo 22,18%; já o menor ficou exatamente para a área que a Petrobrás não quer explorar: é de 7,07%.

Entendendo o pré-sal

O pré-sal é uma localidade de rochas que o Governo brasileiro descobriu há alguns anos e de onde se pode tirar uma quantidade bastante grande de petróleo e de outros produtos. Na época em que foi descoberto o pré-sal, a afirmação era de que o Brasil tinha a possibilidade de se tornar autossuficiente em petróleo e a quantidade de barris produzidos é sempre maior: em 2010, era de 14.000 barris por dia, passando para 500.000 no ano de 2014 e chegando ao 1.000.000 no ano de 2016.

Para que o pré-sal seja explorado, é preciso que sejam feitos poços marítimos e a Petrobrás conseguiu construí-los de maneira cada vez mais rápida nesses quase dez anos, o que acelera a sua exploração e, claro, acelera a sua venda e o retorno financeiro para o país. Em 2010, era preciso 310 dias, que caíram para 128 dias no ano de 2014. Já em 2016, esses poços marítimos passaram a ser feitos em menos de três meses.

A estrutura para que se possa explorar o pré-sal tem de ser grande e isso poderá ajudar a comissão de licitações a escolher quais poderão concorrer. A Petrobrás, por exemplo, utiliza 47 embarcações para o apoio, além de 13 helicópteros e ainda de 20 plataformas para fazer perfurações. Cabe dizer que a empresa tem ainda 3 navios que vão até águas ultraprofundas.

Deixe um comentário