Banco Central libera quantidade de depósito e de crédito pelas quais os bancos respondem

Tanto o crédito quanto os depósitos são atividades bancárias cotidianas e, apesar de os brasileiros não costumarem pensar nisso, eles criam muitos rendimentos para os cofres públicos. De acordo com o Relatório de Estabilidade Financeira que o Banco Central divulgou hoje (17), as instituições bancárias que controlam a maior parte dessas transações são Banco do Brasil, Itaú-Unibanco, Caixa Econômica Federal e Bradesco.

Com relação aos depósitos, esses bancos respondem por 76,35%, enquanto que a porcentagem das operações de crédito né ainda mais alta: 78,51%. Apesar de esses números serem altos, não são tão diferentes do que o Banco Central já mencionou no ano de 2017, ou seja, não se viu alterações significativas com relação ao domínio bancário.

Porém, se forem comparadas as porcentagens de 2017 às de 2007, vê-se que esse “controle” ela bem menor: no caso dos depósitos, ficava em 59,34%, passando para 54,6% no quesito crédito.  O motivo para que se questionasse como os bancos maiores monopolizam essas transações foi o entendimento de que isso poderia impactar de uma maneira bastante negativa os juros.

O que se teria é uma questão de monopólio: quando um grupo controla de forma quase total um serviço, não existem tantas taxas de juros para serem escolhidas, o que não é bom para os consumidores. Pensando na parte cotidiana, esses clientes não conseguem pesquisar por uma taxa melhor porque quase a totalidade está nas mãos dos bancos maiores. Uma vez que a taxa básica da Economia está em uma decrescente, uma razão para que os juros bancários não estejam é esse controle pouco distribuído.

O que isso significa no rendimento dos bancos?

Apesar de o ano de 2016 ter sido de prejuízo mesmo para os grandes bancos, com os seus rendimentos ficando 20% menor, o ano de 2017 foi muito mais positivo: subiram 14,6%. Aqui se incluem os quatro grandes bancos do país que, com os seus lucros somados, passaram dos R$ 57.000.000.000,00. Dentre todos os bancos, cabe destacar que a Caixa Econômica Federal foi uma das que teve mais lucros: doze milhões e meio de reais.

Esse grande retorno que os bancos tiveram no ano passado é explicado no Relatório de Estabilidade Financeira do Banco Central: o que colaborou foi a queda das despesas relacionadas à provisão.

Como o Banco Central se posiciona com relação a esses juros?

O presidente do Banco Central, que se chama Ilan Goldlfajn, deixou claro que não concorda com a forma como os juros bancários estão sendo reduzidos: na realidade, ele acredita que essa redução de porcentagem precisaria ser acelerada porque é dessa forma que o poder de compra dos brasileiros ficará maior. Além disso, ele também destacou que a diminuição dos juros é uma das missões que o BC tem.

Cabe dizer que o Brasil é desproporcional quando se fala de spreed: esse é um termo para falar da relação entre aquilo que os bancos ganham e aquilo que eles cobram dos consumidores. Com relação a outras nações, o Brasil tem um spreed altamente inadequado.

Para que esse quadro geral seja melhorado, Goldlfajn declara que algumas circunstâncias têm de ser resolvidas, como incentivar mais a concorrência dentre os bancos e também diminuir os subsídios cruzados, além de criar melhores garantias e ainda de diminuir os altos compulsórios.

A Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) busca maneiras de tornar os juros do crédito menores, inclusive para os que utilizarem seu cheque especial em valor maior que 15%. Além disso, a alíquota referente aos compulsórios teve diminuição: ela estava em 40% e foi aos 25%.

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