Reforma da Previdência brasileira: aprovação até junho

O processo de Reforma da Previdência brasileira ganhará força após o feriado da Páscoa, permanecendo na trilha para aprovação na Câmara dos Deputados em maio ou junho, disse o presidente da câmara, Rodrigo Maia, na quinta-feira.

A tramitação da Reforma da Previdência brasileira

Falando em uma conferência em Nova York, Maia disse que também estava otimista de que o projeto final de reforma da previdência brasileira geraria a economia de 1 trilhão de reais (US $ 260 bilhões) na próxima década que o governo está buscando. Embora possa ser passado 15 a 30 dias depois do esperado, o atraso não terá importância, disse ele.

Central para a capacidade do governo de obter sua assinatura de reforma econômica através do Congresso é a comunicação e o diálogo entre o governo do presidente Jair Bolsonaro e os legisladores, que até agora tem sido pobre, disse Maia. Mas com Bolsonaro agora sentando e conversando com os líderes do partido, está melhorando.

“O diálogo, defendendo a reforma previdenciária, mostrando como isso afetará os negócios no Brasil, investimento, emprego, parcerias público-privadas – é o que o governo precisa fazer para que os parlamentares se sintam confortáveis em votar pela reforma previdenciária”, disse Maia a repórteres. à margem da conferência.

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Alguns elementos do projeto, como mudanças nos benefícios de aposentadoria de trabalhadores rurais, idosos e deficientes, geraram forte oposição entre legisladores. Mas, embora possam ser debatidos com veemência e até mesmo modificados, é improvável que esses elementos alterem significativamente o objetivo final da conta, disse Maia.

Ele espera que o Congresso se engaje em um diálogo “muito positivo” assim que os legisladores retornarem após o feriado de Páscoa, abrindo caminho para o debate final e votando algum tempo no final de maio ou junho.

Desentendimento entre Maia e Bolsonaro

Uma briga entre Maia e Bolsonaro no mês passado explodiu em uma guerra pública de palavras, que pôs em dúvida o processo de reforma da previdência brasileira e agitou os mercados financeiros. Maia disse na quinta-feira que a responsabilidade pela condução da reforma da seguridade social através do Congresso é compartilhada entre o governo e os legisladores.

Maia disse que a maioria dos parlamentares reconhece a necessidade de reforma da previdência brasileira, mas admitiu que o sentimento não é compartilhado em todo o país.

A maioria dos brasileiros é contra, disse Maia, contradizendo o ministro da Economia, Paulo Guedes, que disse na mesma conferência na quarta-feira que a maioria dos brasileiros apoiou a proposta de reforma da previdência brasileira. Uma pesquisa no Brasil nesta semana disse que 51 por cento da população se opõe à proposta do governo.

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