Aulas suspensas – Pais e escolas devem negociar o valor da mensalidade

A recomendação do Procon e Sindicatos é que a conversa seja um dos principais meios de negociação com escolas em meio à crise provocada pelo surto de coronavírus.

Todas as aulas estão suspensas até segunda ordem pela agência sanitária do Governo Federal e Estados. Diante disso muitas famílias acabam ficando em dúvida sobre o futuro do aprendizado de crianças e adolescentes.

Além da dúvida sobre as aulas, que em alguns estados como o Paraná retornaram com aulas através de Aplicativo Online (Aula Paraná), há também uma grande dúvida em relação às mensalidades.

No próprio Paraná as aulas estão suspensas desde o último dia 20 de março. Mas devemos ou não pedir descontos nas mensalidades?

É preciso conversa

Os sindicatos das Escolas Particulares instruem que as escolas precisam se adaptar e investir em ferramentas tecnológicas para repasse de conteúdos através da internet.

Este trabalho é fundamental para que os alunos não percam o ritmo de estudo que era executado antes da pandemia, mantendo sempre estreito o laço entre o aluno e a escola.

É preciso se adaptar, investir e capacitar alunos e professores com as novas tecnologias.

Então em decorrência de manter todos os critérios que eram feitos em sala de aula, muitas instituições acabam não permitindo negociações com relação ao pagamento das mensalidades, mas é uma questão de conversa entre as escolas e os responsáveis, para que todos os termos fiquem bem claros.

A recomendação dos órgãos é que sempre haja uma conversa e como ambos poderão passar esse momento difícil sem perda efetiva de ambos os lados.

Os colégios que tenham aulas à distância devem cobrar a “hora/aula” trabalhada. Sendo assim haverá a necessidade de comprovar a participação dos estudantes, bem como realização de provas e atividades.

Cada escola tem a sua realidade, mas ainda sim será necessário redefinir o calendário escolar, para que o ano letivo seja cumprido conforme a Lei Federal em grande parte.

Lanche e outros

Entre os termos que podem estar nesta conversa para a redução da mensalidade está o lanche, quando ele é fornecido pela mesma. Outro valor que pode ser reduzido é a hora extra para quem fica um tempo a mais na escola.

As instituições sabem que o ensino a distância acaba reduzindo investimentos em limpeza do estabelecimento, contas de água, luz e outros que podem ser repassados na mensalidade como um desconto. Novamente, o diálogo é fundamental.

É preciso que os pais e responsáveis saibam que as escolas vão continuar normalmente após vencermos mais essa pandemia.

Multas

Caso os pais queiram rescindir os contratos com as escolas, a grande maioria dos Procon, entendem que as escolas não devem cobrar multas.

Vivemos em um momento de pandemia e isso impacta a todos. Muitos pais estão sem trabalhar ou tiveram seus recursos reduzidos e muitos podem optar infelizmente por sacrificar o pagamento dos estudos.

O bom senso deve ser aplicado em todas as situações.

Calendário Escolar

Em decorrência da situação emergencial de saúde pública, muitos estados através dos seus Conselhos de Educação, estão reorganizando o calendário escolar de 2020, autorizando as atividades escolares não presenciais e adiantamento de férias e outros recursos para que quando as aulas presenciais retornem, a quantidade de horas seja o que determina a LEI.

Por conta do surto, muitas estão dispensando os dias mínimos de aulas, focando apenas nas horas/aula.

Mesmo nas aulas a distância, toda a qualidade de trabalho dos professores e o ensino dos alunos devem ser mantidas.

Ensino público

Muitas escolas particulares já estão com recursos para dar sequência nas aulas de forma online. Já a rede de ensino pública busca também alternativas para continuar o ano letivo.

No Paraná, por exemplo, foi criado o aplicativo para celular ‘Aula Paraná’, onde os alunos terão acesso as aulas através do app, sem descontar dados 3G/4G, pois o governo está fechando uma parceria com as operadoras. As aulas no estado também estão sendo transmitidas por um canal de TV local.

São milhões de alunos que tiveram o período de aprendizagem parado. Mas as Secretarias de Educação estão buscando formas para dar sequência às aulas pelos canais digitais.

O mais breve possível a situação deve estar “normalizada” através do EaD.

O pico do surto deve ser na segunda quinzena de abril e o retorno às aulas presenciais deve ocorrer a partir do segundo semestre deste ano se tudo se encaminhar bem.

Universidades Federais

Já com relação às Universidades Federais a grande maioria está com aulas suspensas desde a segunda quinzena de março, com previsão até o início de maio. Mas as datas podem ser revistas a qualquer momento.

Até segunda ordem o calendário acadêmico está suspenso.

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