Quem deseja se inscrever no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) para concorrer a uma das vagas disponíveis para o segundo semestre deve se apressar: as inscrições terminam às 23h59 desta sexta-feira, 15/06. São ofertadas 57.271 vagas em 68 instituições do ensino superior público. Para se candidatar, o pretendente à vaga deve ter realizado o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2017 e obtido mais que zero na redação. As inscrições devem ser feitas pelo próprio site do Sisu.
Nesta sexta-feira também já é possível verificar a nota de corte divulgada pela última vez antes da seleção. Esse é um dado importante para considerar, pois a ordem dos cursos escolhida pelo candidato antes do encerramento das inscrições será aquela considerada. O sistema contabiliza o número de candidatos e o número de vagas para estabelecer a nota mínima de corte, no entanto, tal nota serve apenas de parâmetro. A classificação não é garantida, justamente porque os candidatos podem fazer modificações até às 23h59.
Cada inscrito escolhe até duas opções de curso ao longo do processo, com possibilidade de entrar na primeira selecionada ou na segunda, caso a nota da instituição preferida não seja alcançada. Ainda há possibilidade de indicar interesse na lista de espera, posteriormente.
Os candidatos terão acesso ao resultado da classificação regular no dia 18 de junho e os selecionados devem fazer a matrícula entre 22 e 28 deste mês. Para assinalar interesse na lista de espera, o prazo vai de 22 a 27 de junho.
Faculdades públicas no ranking mundial
Apesar do sucateamento do ensino público – que começa desde o ensino médio e fundamental – as faculdades federais e estaduais se destacam mundo afora. O último QS World University Rankings, que avalia instituições do mundo todo, colocou a Universidade de São Paulo (USP) na 118ª posição em 2018, duas colocações acima em comparação a 2017.
Outras 4 faculdades brasileiras entram nessa lista: Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp).
Apesar desse reconhecimento internacional, há um processo em curso que coloca o nível de excelência das instituições em jogo. Segundo informações do Le Monde Brasil, a redução do investimento em pesquisa e no número de bolsas têm prejudicado a comunidade acadêmica como um todo. Esse cenário deve afetar o próprio desenvolvimento do país nos próximos anos, gerando estagnação em diversas áreas. A pouca participação das universidades privadas na produção científica também levanta uma questão importante na medida em que essas instituições ganham espaço no ensino superior.
Com as cotas para estudantes de escolas públicas, negros, pardos, indígenas, pessoas com deficiência e alunos de baixa renda, o Sisu amplia o acesso às faculdades públicas, uma mudança positiva e necessária em termos de inclusão. No entanto, a falta de suporte e investimento a nível federal pode comprometer os benefícios que um grupo diverso de alunos traria ao desenvolvimento do país.