Protesto dos caminhoneiros: PM do Rio escolta caminhões-tanques

Equipes do Batalhão de Choque da Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro conseguiram neste sábado (26) ultrapassar o bloqueio de caminhoneiros e fazer a escolta de cinco caminhões-tanques na BR-040, na região da distribuidora Raizen, da Shell, ao lado da Refinaria Duque de Caxias (Reduc), na Baixada Fluminense. Não houve confrontos nem embates com manifestantes.

Cada caminhão-tanque tem capacidade de transportar 40 mil litros de óleo diesel. Segundo a PM, o combustível transportado irá para o sistema de ônibus BRT, que atende a 450 mil passageiros diários e ficou paralisado ao longo deste sábado.

Caminhoneiros fazem cordão de isolamento

Na saída do comboio, os manifestantes fizeram um cordão de isolamento, permitindo a passagem dos veículos. De mãos dadas e em posição oficial, eles cantaram o Hino Nacional. Antes, foi negociado com o comando do Batalhão de Choque a liberação dos caminhões-tanques.

A liberação para a circulação dos caminhões-tanque só foi possível porque os manifestantes fizeram uma assembleia. Na votação, venceu a proposta de autorizar a passagem dos veículos porque o objetivo é atender à população.

O trânsito, na região da refinaria, está parcialmente liberado. Por ordem dos manifestantes, passam ônibus, vans e veículos particulares. Os caminhões, no entanto, ainda estão retidos. Motoristas e motociclistas particulares, em geral, passam pela rodovia e buzinam em apoio ao protesto dos caminhoneiros.

Aeroporto de Brasília recebe caminhões de querosene

O Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, recebeu neste sábado (26) os primeiros caminhões de querosene de aviação em três dias, num total de 240 mil litros de combustível em quatro veículos. O estoque havia se esgotado na manhã de sexta-feira (25), provocando o cancelamento de 98 voos até o meio-dia deste sábado (26).

Segundo a Inframérica, concessionária responsável pelo aeroporto, antes do abastecimento, a querosene precisará ter a qualidade testada, por poder ter sido comprometida pelo longo tempo de parada dos caminhões nas rodovias. O processo pode levar algumas horas. Os veículos chegaram ao terminal sob escolta da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Como a quantidade de combustível corresponde a apenas 5% da capacidade de estoque, o aeroporto de Brasília seguirá em regime contingencial de operação.

Enquanto a qualidade da querosene é avaliada e as aeronaves não são abastecidas, a concessionária informa que “somente pousarão no Aeroporto de Brasília aeronaves com capacidade para decolar sem a necessidade de abastecimento no terminal brasiliense. Aviões que pousarem e que necessitarem de abastecimento ficarão em solo”.

Infraero

Nos aeroportos estaduais, a situação também é de escassez. Segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), 12 dos 54 aeroportos operados pela estatal também encontram-se completamente desabastecidos de combustível. São eles: Recife, Maceió, Aracaju, Petrolina (PE), Carajás (PA), São José dos Campos (SP), Uberlândia (MG), Ilhéus (BA), Palmas (TO), Campina Grande (PB) e Juazeiro do Norte (CE).

A empresa informou que tais aeroportos não estão fechados, mas com a decolagem somente de aeronaves que tenham combustível para seguir ao próximo destino. Neste sábado, 65 voos haviam sido cancelados nos aeroportos operados pela Infraero.

Os maiores aeroportos do país – Guarulhos, em São Paulo, e Antônio Carlos Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro – até o momento operam com normalidade, segundo as respectivas concessionárias.

O Aeroporto Internacional de Curitiba – Afonso Pena foi abastecido na madrugada de hoje por quatro caminhões-tanques com combustível para aviação. Segundo a Polícia Rodoviária Federal no Paraná, os caminhões foram escoltados por viaturas com policiais rodoviários federais de Araucária, na região metropolitana da capital paranaense, até o terminal aéreo.

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