Nubank chega a 4 milhões de clientes

O Nubank é uma daquelas marcas que caíram no gosto “popular”. Apesar de ser um cartão de crédito onde pouco tem acesso, principalmente por contar com uma política mais rígida na avaliação do score e nos programas de proteção ao crédito, o cartão chegou recentemente a marca de 4 milhões de clientes.

Apesar de atingir este número já no primeiro semestre de 2018, o principal objetivo da marca é ampliar a sua base de clientes e não o lucro, pelo menos a curto prazo. A informação veio do fundador e presidente do grupo, o colombiano David Vélez.

Segundo o empresário a quantidade de clientes já está sendo o suficiente para diluir os custos fixos da empresa. A partir de agora a empresa já está gerando um caixa (um giro), porém Vélez cita que a busca por lucros pode atrapalhar as oportunidades de exploração do mercado.

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Em números o Nubank fechou 2017 com aproximadamente 3 milhões de clientes. Já em 2016 a média de clientes era ainda de 1 milhão.

História do Nubank

O cartão de crédito do Nubank foi criado há 4 anos. Desde a sua criação é um cartão que ganhou popularidade entre os mais jovens e adultos que estão mais ligados a tecnologia. O principal atrativo foi o cartão não possuir taxas de anuidade e contar com um canal de atendimento bem intimista e com a “linguagem” atual.

O cartão começou em 2017 a incluir outros serviços no seu aplicativo, como a conta de pagamentos e o Nubank Rewards, uma opção de “fidelidade” para o acúmulo de pontos durante as compras com o cartão. O objetivo da empresa é ampliar sua base de serviços para poder competir com os grandes bancos do Brasil.

No último mês de março, a empresa captou um total de US$ 150 milhões, através da 6ª rodada de investimentos pela DST Global. A marca foi avaliada em US$ 1 bilhão, chegando a classificação de “unicórnio” no mercado mundial.

A expressão unicórnio é utilizada pelo mercado financeiro para classificar empresas que chegam a marca de um bilhão de dólares.

Empresas como a Tiger Global Management, Sequoia Capital e Kaszek Ventures foram as principais investidoras nesta sexta rodada.

O que dizem outros bancos?

Líderes dos principais bancos comerciais citam que o modelo de negócios do Nubank pode não se sustentar a longo prazo, pois eles acreditam que é necessário cobrar taxas para poderem gerar receitas e lucros. Toda a receita do Nubank em 2017 foi de R$ 567 milhões, havendo um prejuízo de R$ 117 milhões, ou seja, o lucro da empresa foi de R$ 450 milhões, contrariando as expectativas dos grandes bancos.

Mas mesmo terminando o ano no “azul”, David Vélez disse que o principal objetivo da empresa não é ter lucros, pelo menos neste ano ainda não. O que ele não quer é perder as oportunidades de mercado e a criação de serviços ainda melhores para seus clientes, inovando no seguimento.

Mudanças no aplicativo

Uma nova atualização no aplicativo ocorreu ontem, dia 22 de maio, onde a entrada no portão não será feita através dos serviços do cartão, mas sim através de uma página com diversos produtos, que poderão ser adquiridos com alguns simples toques. Nesta área de produtos e serviços, está previsto a inclusão de investimentos, seguros e outras oportunidades que serão adicionadas com o passar dos dias.

Estas novidades só foram possíveis, após o Banco Central conceder o “título” de instituição financeira completa, desde o último mês de janeiro.

Apesar de ser um cartão mais popular entre os jovens, o objetivo do Nubank é criar produtos para atrair o interesse de clientes mais velhos, pois normalmente contam com uma receita maior. Atualmente a faixa etária dos clientes do Nubank é de 32 anos, algo que girava em torno dos 20 anos no início de suas operações.

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