Governo anuncia fundo de investimento do Tesouro a ser negociado na bolsa

O Tesouro Nacional vai criar um fundo de investimento formado por um conjunto de 15 títulos de Tesouro indexados ao IPCA (índice de inflação oficial). Pela primeira vez, títulos de renda fixa, públicos ou privados, serão negociadas na bolsa de valores como se fossem de uma empresa. O anúncio ocorreu nesta segunda-feira (14) e a oferta pública do fundo deve ocorrer em até 18 meses.

Oficialmente, o fundo é chamado de ETF (sigla em inglês para Exchange Traded Fund). O governo já oferece o Tesouro Direto, criado em 2002 e que permite pessoas físicas comprarem títulos públicos pela internet. No entanto, no Tesouro Direto, os títulos só podem ser negociados por uma página específica, e não na bolsa.

De acordo com o Tesouro Nacional, a taxa de administração, paga pelo investidor, deve ser menor que 1%, percentual mais baixo do que o cobrado por fundos disponíveis no mercado. O novo fundo formado por um conjunto de títulos do Tesouro que rendem aos investidores uma taxa integrada pelo IPCA mais uma remuneração, que pode ser maior ou menor que alguns títulos. A remuneração também varia.

A remuneração paga a quem investir no fundo será o percentual médio do rendimento desses títulos entre o momento da compra da cota e o resgate. Outra novidade é que o ETF estará aberto a todo tipo de investidor. No novo fundo, além disso, o investidor comprará cotas de um mix de títulos diferentes e já fica pré-fixada a incidência da menor alíquota de imposto de renda, que é de 15% sobre os rendimentos, independentemente do prazo entre o investimento e o resgate.

Entenda mais:
– No novo fundo, o investidor negociará uma cota dele, que funcionará como se fosse uma ação de uma empresa.

– O investimento pode partir de qualquer tipo de investidor, desde pessoas físicas e fundos de pensão até fundos de previdência e fundos de investimento e bancos, por exemplo.

– A negociação será em bolsa e, por isso, o investidor deverá seguir as regras fixadas pela bolsa brasileira, chamada de B3, inclusive com a contratação de uma corretora.

– O investidor será remunerador por um índice formado pela variação da inflação média do rendimento dos títulos que compõem o fundo. A expectativa é de que a rentabilidade fique acima do CDI, cobrada as transações entre os bancos e que também é usada como base para rendimentos em aplicações financeiras.

– A taxa de administração, paga pelo investidor, deve ser menor do que 1%. O investidor pagará 15% de imposto de renda sobre os rendimentos independentemente do prazo entre a compra da cota e o resgate.

– O fundo terá uma oferta inicial mínima de R$ 300 milhões, mas esse valor poderá aumentar dependendo da demanda.

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