Dólar bate R$ 3,50 e é o maior valor desde 2016

O dólar vem operando em alta nesta última semana, onde passou dos R$ 3,40. E hoje no quinto pregão consecutivo de alta, o dólar chegou a bater seus R$ 3,50, algo que não acontecia desde o último dia 3 de junho de 2016, período onde a moeda americana era bem instável e chegou a bater os R$ 3,52.

Ontem, dia 24 de abril de 2018, o dólar fechou o pregão cotado à R$ 3,4681. Por volta das 10h desta manhã, a moeda chegou a ser cotada a R$ 3,5067, uma alta de 0,91% com relação ao real. No momento ele continua acima dos R$ 3,50 variando entre R$ 3,48 e R$ 3,51 e a previsão é que termine com a cotação mais alta do que ontem.

Uma das influências para este dólar alto é com relação ao movimento externo na alta do rendimento de Títulos do Tesouro dos Estados Unidos. Outro fator é o temor da economia perante o aumento dos juros nas finanças dos EUA, sendo maior do que o projeto de chamar os fluxos globais para o país.

O dólar Turismo chegou a ser negociado à R$ 3,66 no dia de hoje, sendo uma hora ruim para aqueles que pretendem realizar viagens internacionais. A alta neste ano de 2018 é de um total de 4,66% com relação ao último pregão de 2017.

alta dolar 2018

Quais podem ser os motivos da alta dos últimos dias?

No cenário externo da economia, o aumento se deve ao temor de que os juros nos Estados Unidos se elevem a um patamar mais forte do que o anunciado inicialmente. Isso poderá afetar o fluxo de capital global, já que a moeda americana é a influência no mercado internacional.

Outro motivo é com relação ao rendimento do Treasury dos Estados Unidos com período de retenção de 10 anos. Os títulos do tesouro americano também servem de base para os mercados internacionais e os papeis chegaram a bater o nível de 3% bem no meio do crescimento de ofertas de títulos e também na aceleração da inflação, deixando os preços mais altos.

O banco central americano, o Federal Reserve, deverá ser mais bruto na trajetória do aumento de juros em 2018, onde as taxas maiores tem o potencial de atrair recursos que atualmente estão em outros mercados financeiros, desestabilizando a economia de países como o Brasil.

E por falar em Brasil, o país também conta com suas influências na moeda americana, pois o cenário político por aqui, visto que em outubro teremos eleições presidenciais, faz com que o dólar passe a operar em alta, principalmente porque o mercado financeiro está temendo que um candidato seja menos comprometido com o ajuste fiscal necessário e acabe “atrapalhando” os planos para 2019.

Os investidores brasileiros e estrangeiros também estão agindo com mais cautela nas aplicações. A influência do Supremo Tribunal Federal (STF) com relação aos processos da Lava Jato, também vem gerando instabilidade na economia local.

Para conter a alta do dólar, o Banco Central brasileiro, estará realizando neste dia 25 de abril uma sessão de leilões de 3,4 mil swaps cambiais tradicionais, que se equivalem a venda de dólares futuros. Isso irá fazer com que os contratos que vencem em maio sejam movimentados e a soma possa chegar em até US$ 2,56 bilhões. Se tudo ocorrer bem, o que pode não acontecer, o volume diário irá se manter e a venda irá movimentar os swaps que vencem em maio.

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