A Petrobras bateu recorde, ao registrar um lucro líquido de R$ 10,072 bilhões, no último trimestre.
O balanço foi divulgado nesta sexta-feira (3), apresentando uma alta de 45%, se comparado com o primeiro trimestre, que teve lucro de R$ 6,961 bilhões (sendo 32 vezes maior do que o segundo trimestre de 2017, que foi de 316 milhões de reais).
Resultados positivos
Segundo dados divulgados pela Economatica, a Petrobras obteve o melhor resultado de lucro desde o segundo trimestre de 2011. No primeiro trimestre desse ano, a petroleira registrou lucro de 17,033 bilhões de reais (alta de 257%, de acordo com o mesmo período do ano passado).
O motivo do saldo positivo da empresa, foi devido ao aumento das receitas das vendas de combustíveis no mercado interno, e o crescimento dos preços do petróleo de abril a junho, rompendo a barreira de 80 dólares.
Os analistas do jornal Valor Econômico, antes da divulgação do balanço, projetavam um crescimento e lucro de 6,5 bilhões de reais da Petrobras.
Motivos atribuídos ao lucro recorde
Os motivos atribuídos ao lucro recorde da Petrobras, foram: aumento do preço do barril de petróleo, e desvalorização do real, fazendo com que as vendas de derivados do combustível ganhassem margem nas exportações;
Crescimento das vendas de combustíveis no mercado interno em 6%, apesar de ter havido uma queda no volume da gasolina, especialmente o diesel (aumentado em 15%);
A participação no mercado do diesel, cresceu 74% no mês de junho do ano passado, e em junho deste ano, o crescimento foi de 87%; já a gasolina, o aumento foi de 83% para 85%;
Queda das despesas (gerais e administrativas), redução significativa do endividamento da petroleira.
Endividamento da Petrobras
Em 2017, a petroleira acumulou uma dívida líquida (endividamento líquido é o resultado de todas as dívidas da empresa, não incluído o dinheiro em caixa desta) de 4 bilhões de reais, antes era de 280,75 bilhões de reais em dezembro passado, até junho deste ano, que foi de R$ 284,02 bilhões.
Em dólares, a dívida caiu de 84,87 bilhões de dólares, para 73,66 bilhões de dólares, uma diferença de 13%.
Este é o primeiro balanço divulgado pela petroleira, desde a renúncia do ex-presidente Pedro Parente, e Ivan Monteiro passando a assumir o comando da empresa.
Devido a paralisação dos caminhoneiros, que protestaram contra o preço do diesel na refinaria, a Petrobras liberou o subsídio descontado na venda dos combustíveis, resultando na queda dos preços destes.
Os valores foram reduzidos em 10%, por 15 dias, o que estimou uma perda de receita de 350 milhões de reais à estatal.
A produção de petróleo e gás natural da Petrobras, no último semestre foi de 4% a menos do que o mesmo período do ano passado. A venda de derivados do petróleo, caiu 3% no semestre, e 6% de queda da comercialização doméstica.
No cenário internacional, as ações da Petrobras fecharam em alta, subindo cerca de 1,68% a 2%.